quinta-feira, 4 de outubro de 2012

PF aponta evidência de que milhão seria para campanha eleitoral

Postado por: Vereador Edivaldo Santos Hora: 15:13 0 Comentários


O delegado da Polícia Federal em Marabá, Antônio Carvalho, que preside o inquérito para apurar as circunstâncias da apreensão do R$ 1,13 milhão desembarcado na tarde de terça-feira (2) no Aeroporto de Carajás, em Parauapebas, confirmou na noite desta quarta-feira (3) que há indícios, sim, de que a quantia poderia ser empregada em boca de urna ou mesmo corrupção eleitoral no município.

Ele acrescentou que o depoimento de Adinaldo Correa Braga, preso em companhia da esposa Rosângela Noronha Machado Braga e do piloto de avião Lucas Silva Chaparra, deixa claro que o dinheiro seria entregue a Alex Pamplona Ohana, ex-secretário municipal de Saúde de Parauapebas e atual coordenador da campanha de José das Dores Couto, o Coutinho, do Partido dos Trabalhadores (PT).

O delegado explicou que os três detidos chegaram à Delegacia da Polícia Federal de Marabá em companhia do juiz eleitoral Líbio Araújo Moura e de autoridades policiais do município depois de o magistrado receber a denúncia de que o casal e o piloto desembarcariam no aeroporto em posse de R$ 4 milhões que seriam utilizados em crimes eleitorais. “O juiz me contou que, enquanto estava aguardando a aeronave descer no aeroporto, pôde ver o Alex [Ohana]. Quando esse Alex o viu acompanhado da Polícia Civil e da Polícia Militar, saiu do aeroporto como se estivesse tentando fugir de alguma responsabilidade”, comentou.

A autoridade policial federal acrescentou que, quando os três desceram da aeronave, e o juiz Líbio fez a abordagem, cada um estava com uma mochila nas costas. Assim que abriram as mochilas, verificou-se que cada um tinha grande quantidade de dinheiro. O juiz, então, questionou para que seria o montante, e o piloto informou apenas que era contratado da empresa White Tratores, a quem também pertence o avião.

Já Adinaldo, responsável pelo transporte do dinheiro, segundo a PF, falou que estava prestando serviço a um primo dele, identificado apenas como Kerniston. “Aí o juiz perguntou qual o destino do dinheiro, e ele [Adinaldo] informou que estava fazendo o translado e que deveria entregá-lo a Alex”, contou o delegado Antônio Carvalho. Os três receberam voz de prisão em flagrante do juiz, mas, segundo o delegado, nesse caso ainda não havia sido cometido crime. “Não é crime transportar dinheiro dentro do país, não importa qual a quantidade. Podemos até vislumbrar algum crime financeiro, como lavagem de dinheiro, mas são apenas indícios”. Por esse motivo, os três foram ouvidos e liberados.

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