quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

VEREADOR QUER SALAS DE AULA CLIMATIZADAS NAS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL

Postado por: Vereador Edivaldo Santos Hora: 16:46 7 Comentários

Tramita na Câmara Municipal de Marabá o ante-projeto de lei de autoria do vereador Edivaldo Santos (PPS), apresentado na sessão do dia 15 de fevereiro de 2011, que autoriza a Prefeitura Municipal, através da SEMED (Secretária Municipal de Educação), climatizar todas as salas de aula das escolas de ensino fundamental da rede municipal.



De acordo com o que diz o projeto, as salas de aula deverão ser climatizadas através de implantação de ar condicionado ou centrais de ar, sendo que as despesas decorrentes da execução da lei após ser sancionada pelo prefeito correrão por conta de dotações orçamentárias consignadas no orçamento do Município, através recursos próprios e/ou recursos do FUNDEB (Fundo Nacional de Desenvolvimento a Educação Básica), ficando o poder executivo autorizado a abrir crédito suplementar até o limite necessário à sua execução.



Segundo o vereador Edivaldo Santos, esse projeto vem resolver uma necessidade essencial na vida dos estudantes das escolas do município,haja visto a cidade de Marabá, ter um clima muito quente, chegando às vezes à 40° Celsius, deixando os estudantes, principalmente os que estudam na parte da tarde, incomodados com tanto calor, que tira a linha de raciocínio da aula, sem contar o desconforto e o risco a doenças.



Edivaldo disse que sempre estudou em escola pública e conhece na pratica a dificuldade que é estudar em uma sala de aula escaldante lotada de alunos. O parlamentar também observou que nas escolas da rede particular os alunos estudam em salas climatizadas e com certeza o índice de aprendizagem é mais aproveitável até pela comodidade dispensada a eles.



Em sua justificativa ao apresentar o ante projeto de lei, Edivaldo argumentou que na sala do diretor, do professor, na biblioteca e de informática de varias escolas já possuem ar condicionado, e na teoria do parlamentar, a principal razão de existir a escola, são os alunos, então nada mais justo que dar a eles mais qualidade de vida num ambiente que é dedicado a eles. Sem contar que é o povo que vai pagar a energia consumida nas escolas, através da taxa de iluminação pública que vem descontada todo mês na conta de luz de cada cidadão.



Veja na integra o projeto de lei do vereador Edivaldo Santos, nas linhas abaixo:



CÂMARA MUNICIPAL DE MARABÁ

GABINETE DO VEREADOR

EDIVALDO SANTOS



ANTE - PROJETO DE LEI Nº. 0029 / 2011

“Dispõe sobre a climatização das salas de aulas das escolas municipais de Marabá-PA.



O prefeito Municipal de Marabá, Estado do Pará, faz saber que a Câmara Municipal de Marabá aprovou e eu sanciono a seguinte lei.



Art. 1º - Fica a Prefeitura Municipal de Marabá autorizada a climatizar as salas de aulas das escolas da rede pública municipal através de implantação de ar condicionado ou centrais de ar.



Art. 2º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias consignadas no orçamento do Município, através recursos próprios e/ou recursos do FUNDEB, ficando o poder executivo autorizado a abrir crédito suplementar até o limite necessário à sua execução.


Art. 3º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.


Art. 4º - Ficam revogadas as disposições em contrário.


Contamos, portanto, com a aprovação salvo melhor juízo.


Sala das sessões, em 15 de fevereiro de 2011.



JUSTIFICATIVA



CONSIDERANDO que o principal motivo de existir a escola são os alunos (estudantes), e com a sala de aula climatizada, todos terão mais conforto e com certeza desempenharão melhor seus aprendizados.



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EDIVALDO SANTOS

VEREADOR (PPS)

7 comentários:

Não seria mais louvável e primordial Vossa Excelência se preocupar com a qualidade ruim da educação no que diz respeito a conhecimentos, do que ficar preocupado com climatização? Tudo bem, é válido, desde que outros problemas mais antigos sejam sanados antes.

Se Vossa Excelência quiser uma amostra do que estou falando, vá até uma dessas escolas de ensino fundamental, que em 2009 recebeu mais de R$ 42 mi do FUNDEB e faça um pequeno teste usando as quatro operações matemática com esses educandos. Faça também um teste de conhecimentos gerais, de grafia e ortografia e leitura. Vossa Excelência verá que a climatização não é nada diante desse quadro negro em que se tornou a educação básica depois que passou pra responsabilidade dos irresponsáveis administradores municipais. Depois de sanado esse pequenino problema de conhecimento dos educandos, pensemos em outras situações que possam vir contribuir para o bom andamento da educação.

Sinceramente não vejo em que a climatização de salas desabrochará o intelecto desses educandos. Não sei se o calor afeta o intelecto dos educandos. Lembro que quando estudei era sob telhas de amianto. Ninguém morreu ou contraiu alguma doença grave. E alguns até se saíram bem em suas notas. Os educandos de ontem eram melhor que os de hoje? O que está errado então? É tão fácil perceber o erro. Mas é melhor fingir que está tentando consertá-lo.

Quero acreditar em suas intenções no papel de legislador, mas fica difícil diante de tais ideias que Vossa Excelência tem.

Ou Vossa Excelência está satisfeito com o conteúdo que esses educandos estão recebendo e levando para viverem nesse mundo globalizado e cada vez mais exigente quanto a qualificação que só se obtém se o sujeito tiver algum conhecimento? Se Vossa Excelência está satisfeito, então o seu projeto de climatização tem tudo a ver.

Não me queira mal pela opinião sincera, mas é impossível ficar inerte diante de sua preocupação, quando temos problemas maiores e mais relevantes referentes a educação.

Abraços

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Adir Castro

Vereador siga firme na sua luta,os professores que estão dentro da sala de aula quente podem afirmar ao senhor Adir de Castro que ele não conhece a realidade e por isso não deveria meter o bedelho .Senhores ninguém consegue se concentrar para aprender se o ambiente não permite.Se queremos mudar a educação primeiramente temos que oferecer condições de trabalho para os professores e para os alunos. Vereador convide o senhor Adir a ir lá no Martinho Motta às três da tarde e passar meia hora em pé( porque as cadeiras são poucas) dentro daquela sala que eu levei o senhor. Vou valendo que ele não aguenta dez minutos, o secretario adjunto de educação não aguentou nem cinco minutos, melhor ainda se for no mês de agosto (o calor é dos infernos).Ou então vereador leve o senhor Adir as duas da tarde lá na FANTA (na escola Lucia Bichara, nas salas de teto de zinco), ah e leve um notebook pra ver se ele consegue se concentrar pra postar comentarios deste estilo.Acredito que o senhor Adir poderia contribuir muito com a melhoria da educação deste municipio se emitisse opiniões coerentes com a realidade vivida nas escolas.
Nós já temos um monte de político que só visa melhoria para educação em seus discursos,quando um resolve sair do discurso, ainda aparece um destes senhor para emitir uma opinião dessa.
Tenha a santa paciência!
Vereador divulguei seu projeto para categoria de professores e muitos elogiaram sua iniciativa, no entanto alguns reclamaram que o senhor não mencionou que o professor passa a maior parte do tempo na sala de aula junto com o aluno e de pouco adianta ter ar condicionado na sala de professores já eles só permanecem lá durante os intervalos que duram no máximo vinte minutos.

Se quisermos melhorar a qualidade do ensino e aumentar o indice de aprendizagem dos alunos devemos primeiramente fazer com que o aluno se sinta bem na escola ,posteriormente fazer o aluno gostar da escola e somente depois devemos aumentar as exigências e lançar desafios. Nem vou mencionar a questão da valorização e da formação profissional dos professores.Sem infra-estrutura o máximo que se pode fazer é contar com a boa vontade dos alunos em aprender e com o esforço do professor de tentar ensinar sem condições de trabalho.
Em Marabá não é só o calor que atrapalha a aprendizagem do aluno existem outros fatores tais como desestrutura familiar, falta de carteira, falta de profissionais qualificados ,sala de aula super lotada,falta de espaço adequado para aprendizagem ,e ,pasmem!,até falta de material dentre outros inúmeros fatores que só quem sabe enumera-los é quem vive a realidade ( no caso alunos e professores).

Longe de mim querer o mesmo para os educandos de hoje.

E quanto a falar da condição de trabalho do educador, de fato não posso fazer. Nem do educado do passado e nem do presente.

Não tenho nada contra os educadores. Até acho uma baita covardia do político que um dia foi aluno, deve ter passado privações, tratar aos professores e a escola pública dessa forma. É a profissão mais importante e a menos valorizada. A meu ver existem duas grandes profissões no mundo: professor e médico.

Falarei apenas na condição de ex-aluno da rede pública de educação, que conheço bastante na condição de educando que fui.

Suportei 8 anos de escola pública tendo que disputar na corrida, tão logo o portão era aberto, com colegas para vê quem chegava na frente e conseguia uma carteira. Eram salas com o dobro de alunos das carteiras; salas quentes e também sem ventilador e com telhado de brasilit. Raras foram as com telhado de barro. Quando acontecia era um alívio; sem merenda escolar - se naqueles tempos havia merenda elas desapareciam como que por um passe de mágica; sem levar lanche pra escola por causa da pobreza. O lanche era picolé, desse simples que hoje pagamos 25 centavos; sem material escolar e sem fardamento gratuito. Cada aluno tinha que comprar as fardinhas e todas dentro do padrão definido pela escola. Só tinha livro o aluno que o pai tinha uma pequena condição. Os livros eram divididos com os colegas menos afortunados; tendo que fazer os famosos seletivos para mudar de escola, mesmo sendo da mesma rede pública, as vagas eram disputadas a tapa; sem água mineral e copo descartável, pois a água era de um poço boca larga que ia para a caixa d´água e de lá para as torneiras, onde a gente bebia naqueles copos de plásticos encardidos e sujos. Ninguém contraía nenhuma doença grave, graças a Deus. Só as famosas boqueiras que se tornavam inevitáveis pelo coletivismo dos copos; banheiros com vasos quebrados e fezes e urina pelo chão que fediam a léguas de distância. Tinha que trancar quando dava a vontade de defecar. Só em casos extremos, quando não dava pra segurar é que a gente tinha coragem de fazer no banheiro; professores neardentais dos tipos que fuzilavam com o olhar quem ao menos se coçasse. Bem diferente dos carinhosos tios de hoje. Nada contra se a escola ser a extensão da casa do aluno. O que importa são os resultados; professores improvisados: o de matemática também ensinava português.

Sinceramente não vejo nesses detalhes algum impedimento para o bom aproveitamento e desenvolvimento intelectual dos atuais educandos. Hoje eles têm uma mente bem mais fértil e mais preparada que os educandos do passado. Não consigo acreditar que os educandos do passado fossem mais preparados.

Posso afirmar que não carrego nenhuma sequela por isso, nenhuma frustração ou mágoa. Mesmo com aquela escola aprendi rabiscar umas poucas palavras. De português posso afirmar que sou muito ruim como dá pra notar. Ainda sei fazer sem ajuda da calculadora as quatro operações matemáticas e percentuais. Nada contra a tecnologia, que até faço uso, mas sem perder o contato com o método antigo de calcular. E tenho conseguido sobreviver, até hoje, na condição de autônomo, sem nunca ter precisado recorrer ao emprego público. Nada contra o serviço público. Só não é minha praia.

É sorte? Pra mim não foi. Mas se insistirem em dizer que foi sorte, não terá o menor problema.

Dentro das minhas aspirações e ambições e guardadas as devidas proporções, posso fazer das palavras de Júlio César as minhas: Vim, vi e venci.

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Adir Castro
44 anos, ex-aluno da rede pública

Não sou contra a melhoria na qualidade da educação e nem contra a valorização mais do que justa do professor. O único indispensável profissional de sobre a face da terra.

Acredito demais nisso: que uma população com conhecimento tem mais chances de alcançar a tão sonhada qualidade de vida.

Tem três coisas que sou muito radical quanto a seu bom funcionamento. Pela ordem: Educação, saúde e segurança. Tem mais coisas, mas essas são a base de tudo para que uma sociedade seja mais igual, justa e evoluída.

Sou tão radical quanto a qualidade da educação e saúde, que se fosse legislador já teria proposto a obrigatoriedade da educação e da saúde pública para os filhos dos políticos e demais servidores enquanto estivessem recebendo do erário. Na vida particular eles poderiam mandar os filhos pra onde quisessem.

Entendo que se os filhos deles não sentirem na pele o que os filhos dos menos afortunados sentem, eles nada farão para melhorar a educação e a saúde. Aliás, farão: belos discursos.

Todos eles - talvez com alguma exceção aos que moram na zona rural e os filhos estejam iniciando na vida escolar - colocam seus filhos na rede particular de ensino, sendo que são servidores públicos que se ofereceram para resolver “o problema” e recebem seus pagamentos do erário para isso. Tudo bem que queiram o melhor para seus filhos, mas que também as escolas públicas tenham qualidade e possa dar condições para que os menos favorecidos alcancem seus objetivos. No mínimo isso é falta de ética, pra não dizer outra coisa feia.

O mesmo pensamento vale para a saúde pública. Não tem como entender alguém que recebe do cidadão para cuidar de seus interesses, nos quais estão inseridos boas escolas e bons hospitais, e esse alguém receba seu salário e vá gastar no setor privado. Isso é um comprovante assinado de que o que ele oferece não presta. Quem quiser defender que defenda, mas é errado.

Devemos convir que no seu tempo de aluno assim como no meu os valores morais da sociedade eram outros. Todos nós aprendíamos EM CASA que a maior riqueza que um pai poderia dar um filho era o estudo e de certa forma isso fazia muitos de nós amarmos a escola e hoje? Mas muitos desistiam porque não aguentavam a pressão ou porque os pais tinham que tirar os filhos da escola por falta de condições financeiras. Muitos tinham distúrbios que não eram identificados e eram taxados de preguiçosos e burros.Hoje a pesquisa na area de educação evoluiu e já podemos identificar distúrbios que impedem um aluno de aprender e para isto já temos medicamentos e até métodos alternativos de ensino. Alguns educadores acreditam que geralmente o problema não está na criança está na família e eu acredito que o ´problema não está na escola está no sociedade(na família , na política, na imprensa , na igreja e em cidadãos que se julgam acima do bem e do mau).
Hoje em dia o menino quer celular , o menino quer MP3,MP4 e mais MP's, o menino quer o tênis de marca, a calça colorida e quer mais coisas e coisas e os pais ,os dois, as vezes passam o dia inteiro trabalhando para dar tudo aos filhos mas e os valores onde ficam? Quem vai ensinar os valores? Naquele tempo nós íamos a escola buscar instrução porque educação recebíamos em casa desde o berço e hoje será que ainda é assim? Ou será que a maioria dos pais não estão nem ai para o que os filhos se tornarão e os jogam lá na escola para receber formação moral e instrução formal?
A pesquisadora americana Debra W. Haffner diz que em um de seus livros que filhos de pais autoritários demais acabam se tornando pais permissivos teoria complementada pelo psicoterapeuta brasilerio Içami Tiba diz que crianças que não aprenderam ouvir "não" se tornam "parafusos de geléia" ( perversos, egoístas , indisciplinados,espanam ao menor apertão quando contrariados, não suportam o NÃO).
Ainda citando Içami Tiba, abordando a questão dos filhos que nunca são contrariados, diz: "Figuras paternas frágeis e mães hipersolícitas transformam os filhos em parafusos de geléia". O que é parafuso de geléia? É aquele que, se leva um apertão, espana, segundo Tiba. São filhos que não agüentam ser contrariados. "Não foram educados para suportar o não".Serão adultos sem senso de ética, gratidão, civilidade, recebendo mesada aos 30 anos, vendendo a casa e colocando pais em asilo = mostram o egoísmo animal.
No bloguer da escola (http://martinhomotta.blogspot.com) postamos sobre responsabilidade conjunta na educação se for de seu interesse podemos abrir um debate sobre o tema.No entanto reitero minha posição dizendo que o senhor não conhece a realidade das escolas e posso afirmar com a convicção de quem viveu as duas realidades , que a realidade de hoje não é a mesma de 20 ou 30 anos atrás; melhoraram os investimentos , as relações se humanizaram ,mas os problemas existem não da mesma forma porém existem e são graves e a iniciativa do vereador é louvável apesar de ser pequenina diante de todas as mazelas vividas ela é significativa.Se cada um fizesse a sua parte provavelmente seria bem mais fácil vencermos este desafio.

É vereador tá dificil, se vc for em algumas escolas,visite prá ver,vc encontrará salas de diretores totalmente climatizadas,com o material que eu acho que foi enviado para climatizar sala de aula,experimenta visitar uma escola que tem lá na folha 10. fui matricular meu filho lá e vi que enquanto os professores se matam em salas quentes para garantir um ensino,4 ou 5,(Ideb) a sala do povo governando tá geladissima,mordomia total,etc...,esse é só um exemplo. Tem mais a escola foi reformada ano passado,quando chove é uma bagaceira.

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